jueves, 21 de enero de 2016

Primeiro aniversário da nossa Comunidade na Batalha


Leiria, 21 jan 2016 (Ecclesia) – Uma comunidade da Igreja Ortodoxa estabeleceu-se há um ano na Batalha e conta com o apoio da Igreja Católica, que disponibiliza edifícios para as celebrações, nomeadamente a Igreja Matriz e o salão paroquial para as atividades pastorais.

“A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa são duas asas do mesmo pássaro, que tem um único corpo e um mesmo objetivo”, assinalou o Hieromonge Juvenaliy Muliarchuk, padre do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla desde 2004.

Ao jornal diocesano ‘Presente Leira-Fátima’, o também conhecido por padre “Juvenal”, explicou por outras palavras que as duas Igrejas são como “duas irmãs que um dia se separaram” e há muito tempo “procuram reconciliação e unidade”.

Depois de o bispo da Diocese de Leiria-Fátima ter concedido à comunidade a possibilidade de celebrar na igreja matriz da Batalha o padre Hieromonge Juvenaliy Muliarchuk passou a residir na casa do capelão do Mosteiro da Visitação, na Faniqueira, um anexo separado deste convento.

Enviado em trabalho missionário para a Batalha, o serviço do padre ortodoxo é presidir ao culto e organizar a vida eclesial da nova comunidade da Igreja Ortodoxa e para além do culto aos domingos, preside a outras celebrações religiosas durante a semana.

Este monge chegou a Portugal a 12 de agosto de 2014 para assumir o acompanhamento da comunidade ortodoxa da Batalha e desde a primeira celebração, a 8 de janeiro de 2015, já presidiu a três casamentos, batizou nove crianças e fez um funeral.

“Por norma, temos 40 a 60 pessoas regulares na Missa dominical, mas é frequente aparecerem novos fiéis a cada semana. No Natal, por exemplo, estiveram cerca de 70 pessoas e na Páscoa foram mais de 200”, exemplificou.

O missionário ortodoxo também edita semanalmente um boletim espiritual paroquial, com temas de formação e a agenda, e aos sábados dá catequese a crianças ucranianas, dos 6 aos 11 anos de idade, na Marinha Grande.

Uma entrevista no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que termina esta segunda-feira, dia 25, que o monge ortodoxo considera ser um tempo em que todo o cristão “deveria pensar sobre a sua identidade”, os seus objetivos espirituais e o sentido da sua vida.

“Todos temos de ponderar o que fazemos para evitar o mal e os desentendimentos no mundo. Por outro lado, todos devemos contribuir para que haja mais bondade, amizade, sinceridade e amor”, acrescentou o padre Hieromonk Juvenaliy Muliarchuk, do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla.

‘Chamados a proclamar as obras maravilhosas do Senhor’, da Primeira Carta de São Pedro (1 Pedro 2, 9), é o tema do Oitavário de 2016 e o guião foi preparado por um grupo de representantes de diversas regiões da Letónia.

A Igreja Ortodoxa em Portugal integra cristãos de diferentes nacionalidades como gregos, romenos, moldavos e ucranianos; foi em 2002, “pela graça de Deus e com a bênção do Patriarca Ecuménico Bartolomeu”, que fundaram a primeira paróquia ortodoxa ucraniana, no Porto.

O jornal diocesano acompanhou a Liturgia que começa com vários salmos cantados, seguem-se as confissões individuais, um ato obrigatório dominical para quem quer comungar na celebração de duas horas e meia.

Os fiéis ortodoxos falaram sobre Fátima, onde fazem encontros nacionais, “pois são muito devotos de Nossa Senhora e acreditam nas Aparições”.


Fonte: Presente/CB/www.agencia.ecclesia.pt